O Criciúma Esporte Clube completa 75 anos de fundação nesta sexta-feira (13). O clube nasceu em 1947, ainda como Comerciário e nas cores azul e branco, logo depois se tornou o time oficial da maior cidade do Sul de Santa Catarina e virou a paixão de milhares de famílias.
São três cores que representam uma região, um amor que ultraa barreiras e que faz as mais diversas pessoas entregarem seus corações.
“Criciúma é paixão. A gente respira e vive esse clube intensamente. Criciúma está na pele, no coração, está na camisa, na tatuagem”, declara o diretor da torcida organizada Os Tigres, Fabiano Coelho.
Todo esse amor pelo time vem do pai. “Vibrei muito com ele nas arquibancadas do Heriberto Hülse. Lembro muito dele me colocando dentro do Versailles e vindo escutando rádio já para o jogo. Essas memorias são muito boas. E quem me fez gostar do Criciúma foi o meu pai”, afirma Fabiano.
De pai para filho
Se tem algo em comum que une a torcida do Tigre, são os laços sanguíneos. Assim como Fabiano, o torcedor Márcio Américo, teve o incentivo pai.
“Lembro da primeira vez que ele falou para mim que ia no jogo do Criciúma. Achei até estranho, porque ele não estava de chuteira. Pensei que ele ia jogar. Não entendia nada, porque ainda era pequeno”, comenta.
Mas logo Márcio ou a se interessar pelo time de coração do pai. Quando tinha jogos, os dois saiam de ônibus Forquilhinha até o estádio Heriberto Hülse.
“Sempre cinco ou sete minutos antes de acabar nós já estávamos levantando da arquibancada e correndo para pegar o ônibus. Às vezes perdíamos até algum gol”, lembra.
Hoje com 49 anos é Márcio quem leva os filhos para acompanhar os jogos. Pâmela já foi arrebata pelo amor ao Tigre, e agora ajuda o pai a demonstrar esse mesmo sentimento ao irmão Miguel, de sete anos.
“Desde pequeninha eu sempre gostei de futebol e participava de campeonatos na escola. E agora que a gente é sócio a ansiedade é grande, faltando uma semana para o jogo, eu já estou lá em casa comentando: ‘Pai falta tanto tempo pro jogo’, com o Miguel também”, conta.
Ela guarda um body do Tigre até hoje de quando ainda era bebê – é tradição na família ar de geração para geração – também tem uma camisa e uma bandeira do clube na escrivaninha. “É para todo dia eu olhar e lembrar do timaço que a gente tem”, revela Pâmela.
Paixão já nasce no berço 2p316l
O carinho de crianças pelo time não é uma exceção da atualidade. O presidente do clube, Anselmo Freitas, por exemplo, era fã do Criciúma ainda quando era Comerciário.
“Desde guri quando tinha cinco anos, eu já vinha no estádio Heriberto Hülse para ser o gandula, buscar a bola no fundo do gol. Hoje o gandula está profissionalizado”, brinca.

As visitas ao estádio aconteciam quando Anselmo vinha a Criciúma ver a irmã, que era praticamente vizinha da casa do Tigre.
“Na época, o presidente era o seu Osvaldo Patrício de Souza. Ele gostava muito das crianças. Então, deixava nós entrar no campo, pegar a bola. Por isso, vários amigos que participavam desse momento hoje são grandes torcedores do Criciúma”, conta.
Aquela criança, que se contentava apenas em ajudar a buscar as bolas, acabou se tornando o presidente do clube.
“É muito bacana essa história e nunca imaginava que chegaria a ser presidente. Eu estou aqui hoje para colaborar com o Criciúma e com a torcida. E hoje a gente vê tudo que plantamos estamos colhendo. Treze mil sócios já é uma vitória fora de campo também”, afirma Anselmo.
Torcida: um show à parte 4i5i57
Nos bastidores, a torcida do Criciúma é conhecida por fazer barulho. “É muito vibrante. Temos acompanhado os jogos aqui em casa, e eu já vi algumas pessoas me falarem que elas vêm ao jogo por dois motivos: para ver a festa da torcida e assistir ao jogo”, diz Anselmo.

Toda essa energia é sentida também no campo pelos jogadores. “É uma força a mais. O torcedor empurra a gente nos 90 minutos mais acréscimos. E a gente sente essa energia dentro de campo. E dali vem a disposição, a garra e a vontade de ganhar sempre e dar essa vitória para o torcedor”, comenta o goleiro e capitão da equipe, Luiz Gustavo.
Planos para esta temporada 5a2719
E se depender do empenho da equipe técnica e jogadores, os torcedores do Tigre terão motivos de sobra para comemorar este ano. “Nós fizemos um time muito bom. Acredito que vai acertar ainda, não deu tudo que pode dar. Tenho certeza que Criciúma vai continuar na Série B para o ano de 2023”, garantiu Anselmo.
No ano ado, o time começou com resultados amargos, como o rebaixamento inédito no Campeonato Catarinense e o adeus à Copa do Brasil nas oitavas de final, contudo deu a volta por cima e encerrou a temporada com o aporte para a Série B do nacional.
“Foi um trabalho muito difícil porque tivemos que montar um time todo no início de 2021 para disputar o Campeonato Catarinense. Tivemos a infelicidade de cair para serie B do Catarinense, mas por outro lado tivemos a felicidade de montar uma grande equipe, trazendo o Juliano Camargo como o nosso executivo de futebol”, informa o presidente.
Relembrar os velhos tempos 464d
A conquista foi comemorada e muito pela torcida tricolor que recepcionou jogadores e comissão técnica com festa no estádio Heriberto Hülse, afinal depois de dois anos o time conseguiu retornar à Serie B e com chances de o à primeira divisão do campeonato.

“Realmente foi uma festa que a gente nunca mais vai esquecer. Teve torcedor que me disse: ‘maior que essa festa aqui só a de 1991’ [quando o Criciúma vence a Copa do Brasil]. Para nós foi uma satisfação muito grande poder participar do o à série B”, afirma Anselmo.