Investigação aponta que Wellington, do Avaí, não foi vítima de racismo s1m1o

Família do jogador do Avaí havia encontrado uma casca de banana na porta do apartamento onde moram na última semana

A investigação da Polícia Civil aponta que o volante Wellington, do Avaí, não foi vítima de racismo. Na última semana, o jogador publicou uma foto onde uma casca de banana estava jogada em frente a porta do apartamento onde o jogador mora com a família em um condomínio de Florianópolis.

Volante Wellington durante treino do AvaíVolante Wellington durante treino do Avaí – Foto: Leandro Boeira/Avaí F.C/ND

De acordo com o delegado Geral da Polícia Civil, Ulisses Gabriel, crianças na faixa etária dos 9 anos estavam brincando no local, quando houve uma falta de energia. Elas então saíram correndo, mas acabaram deixando para trás uma criança menor, que estava comendo uma banana.

Ela então acaba jogando o alimento no chão, próximo a porta do apartamento da família do jogador, e deixa o local. “As crianças maiores acabaram deixando uma menor no escuro, ela estava comendo uma banana, largou no chão e saiu correndo”, explica o delegado.

“A situação foi comprovada pelas filmagens das câmeras de segurança. Foi algo fortuito, poderia ter acontecido em qualquer lugar do condomínio”, completa.

Diante disso, a Polícia Civil concluiu que não há situação envolvendo injúria racial no caso. A polícia ouviu diversas testemunhas e os pais das crianças até concluir o caso.

“As próprias famílias das crianças já procuraram o jogador para explicar a situação”, afirma Gabriel.

A reportagem tentou contato com o jogador, por meio de assessoria, mas não obteve retorno até o fechamento do material.

Relembre o caso 1c243r

Wellington acabou denunciando o episódio na última sexta-feira (23). O fato aconteceu no momento em que a esposa do jogador, Aline Verteiro, chegava em casa após buscar o filho na escola.

“Hoje aconteceu um fato que não tem como deixar ar. Atacaram a minha família. Algum covarde (a) fez isso. É revoltante. Ato de racismo na porta da minha casa. Não é de hoje que minha esposa vem sofrendo esse tipo de covardia, seja com olhares ou com risadinhas de canto. Dito isso, infelizmente, o racismo existe e só não vê quem não quer”, escreveu o volante na ocasião.

Wellington denunciou racismo em Florianópolis – Foto: @wellington_martinsoficial/Reprodução/NDWellington denunciou racismo em Florianópolis – Foto: @wellington_martinsoficial/Reprodução/ND

Por meio das redes sociais, o Avaí se solidarizou com o atleta e sua família. “É inissível que tal ato covarde e criminosa ainda exista e aconteça atualmente”.

Injúria racial foi tipificado como crime de racismo após a sanção da lei em janeiro de 2023 e tem como pena de dois a cinco anos de reclusão. Enquanto o racismo é entendido como um crime contra a coletividade, a injúria é direcionada ao indivíduo.

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