Fake news sobre Pix já impactou mais de 80% dos brasileiros, revela pesquisa 3315c

Informações falsas sobre as movimentações financeiras por Pix repercutiram na internet esta semana

As fake news com informações que as movimentações por Pix ariam a ser taxadas pela Receita Federal chegaram a 87% dos brasileiros, mostra pesquisa Quaest divulgada na sexta-feira (17).

Aparelho com página aberta na área de transferência por PixPagamento por pix é usado por 76% dos brasileiros, diz pesquisa do Banco Central – Foto: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil/ Reprodução/ ND

Entre os entrevistados que tiveram contato com a informação falsa, 68% dizem ter tomado conhecimento sobre o desmentido do governo Lula. No entanto, mesmo assim, 67% dos entrevistados não descartam a possibilidade de que o meio de pagamento seja taxado pela atual gestão federal.

A Quaest entrevistou 1.200 brasileiros entre os dias 15 e 17 de janeiro. A margem de erro é de três pontos porcentuais. Após defender o mérito da norma do Pix, o governo federal recuou e, com críticas às fake news, revogou a portaria na tarde de quarta-feira, 15.

A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu à Polícia Federal (PF) a abertura de inquérito sobre a disseminação de fake news sobre a portaria do Pix. “Manifestações em plataformas digitais não podem ser realizadas para gerar desinformação sobre políticas públicas”, afirmou a AGU no ofício, criticando a disseminação de informações que causavam “pânico na população”.

Fake news sobre Pix: pessoa segurando aparelho com página aberta na área de transferênciaInformações falsas sobre as movimentações repercutiram na internet esta semana – Foto: Ed Machado/Divulgação/ND

Quaest realizou pesquisa sobre alcance da fake news do Pix v236s

Os dados da pesquisa Quaest vão ao encontro do argumento exposto no vídeo viral do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), que superou 310 milhões de visualizações. Na gravação, Nikolas critica o aumento do monitoramento de transações financeiras e diz que, apesar da norma do Fisco não taxar o Pix, “não duvida” que o meio de pagamento seja tributado.

A Quaest mensurou que, antes da publicação do vídeo, em 14 de janeiro, a “polêmica do Pix” gerou 5,8 milhões de interações nas redes sociais X (antigo Twitter), Facebook, Instagram, TikTok e YouTube. No dia seguinte, o volume de menções chegou a 22,1 milhões e a norma foi revogada durante a tarde.

À Coluna do Estadão, interlocutores do Planalto itiram o alcance do viral como o principal fator da crise que levou à revogação. Aliados de Lula, inclusive, temem o crescimento de Nikolas com a pecha de “herói”. O deputado federal ultraou Lula em número de seguidores no Instagram, tornando-se o segundo político brasileiro mais seguido na plataforma.

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