A ONG Educamar, responsável pelo resgate de animais marinhos entre Jaguaruna e o de Torres, no Sul de Santa Catarina, informou que estará, provisoriamente, deixando de recolher quaisquer aves marinhas e terrestres.

A decisão se dá com base na emergência zoossanitária declarada pelo MAPA (Ministério da Agricultura e Pecuária) em todo o território nacional, decorrente dos crescentes casos de infecções por gripe aviária em aves silvestres.
“Embora seja difícil para nosso pessoal deixar de atender às aves feridas e/ou adoentadas que surgem em nosso litoral, tal atitude é mais indicada no momento. O risco de trazer a gripe aviária para centros de tratamento é real”, alertou a ONG.
Aves feridas: como proceder?
Em postagem nas redes sociais, a ONG Educamar também orientou à população caso encontre aves marinhas com sinais de ferimento, doentes ou encalhadas. A recomendação é não se aproximar e avisar imediatamente a Cidasc (Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina) ou a instituição Educamar pelos contatos: 0800-643-9300 ou (48) 9 9984-5665.
Emergência zoossanitária e SC
O Governo Federal decretou situação de emergência diante da infecção por gripe aviária em aves silvestres no Brasil. O decreto é válido por 180 dias. Santa Catarina não tem nenhum caso da doença confirmado.
O Brasil confirmou quatro casos da influenza: três no Espirito Santo e um no Rio de Janeiro, afirmou Diego Rodrigo Torres Severo, médico veterinário e diretor de defesa agropecuária da Cidasc.
Segundo ele, o Governo do Estado tem recebido diversas notificações de suspeita de infecção de produtores catarinenses, o que de acordo com Severo, significa que Santa Catarina é capaz de detectar rapidamente a doença caso haja alguma confirmação.