
A Polícia Federal divulgou nesta terça-feira (20) fotos de carros de luxo apreendidos em Brasília. Os veículos seriam ligados a Antônio Carlos Camilo Antunes, mais conhecido como “Careca do INSS”.
Antônio é apontado como o principal operador financeiro de um esquema de fraudes no INSS que causou um prejuízo de até R$ 6,3 bilhões, afetando milhares de aposentados e pensionistas em todo o país.
Os carros apreendidos têm valor médio acima de R$ 500 mil. Ao todo, a frota de luxo soma pelo menos R$ 3,6 milhões.

Entre os modelos apreendidos dos carros de luxo do careca do INSS estão: 36661z
- BMW M3 Competition 2023 – avaliada em R$ 638 mil
- Land Rover 2020 – R$ 430 mil
- Audi RS6 2015 – R$ 378 mil
- BMW M135 – R$ 253 mil
- Porsche 911 – R$ 1,2 milhão
- Porsche Panamera – R$ 766 mil
Veja as fotos dos carros de luxo ligados ao ‘Careca do INSS’ 2z1r2v
A operação da PF teve como base uma denúncia feita pela senadora Damares Alves (Republicanos), que tem gabinete no mesmo prédio onde os carros estavam.
Como agia o “Careca do INSS” 295a3q
De acordo com a investigação, Antunes atuava como lobista e intermediário financeiro entre entidades e o INSS. Ele é sócio de 22 empresas, sendo que uma delas era mediadora de negociações e movimentos de recursos financeiros.
A PF também descobriu que ele usou uma empresa registrada nas Ilhas Virgens Britânicas – conhecido paraíso fiscal – para comprar imóveis em São Paulo e Brasília.
Outro ponto que chamou atenção foi o salto nas declarações de renda: de cerca de R$ 24 mil por mês para até R$ 35 mil. No entanto, as movimentações bancárias revelam valores muito maiores, com milhões de reais circulando em créditos e débitos.
Entenda a operação 382m69
A operação conjunta da Polícia Federal e da CGU (Controladoria-Geral da União) foi iniciada em abril e cumpriu 211 mandados judiciais em todo o país. Entre as ordens estavam buscas, apreensões, bloqueio de bens avaliados em mais de R$ 1 bilhão e seis mandados de prisão temporária.
As investigações revelam um esquema nacional de descontos indevidos em benefícios pagos pelo INSS.

Segundo a PF, aposentados e pensionistas tiveram mensalidades associativas descontadas sem autorização diretamente de suas aposentadorias e pensões.
O prejuízo estimado com o golpe chega a R$ 6,3 bilhões, acumulado entre 2019 e 2024. Pelo menos 11 entidades estão sob suspeita de envolvimento no esquema.