
O empresário Elon Musk, proprietário do X (antigo Twitter) e da Tesla, apagou, nesse sábado (7), a publicação que fez na rede social relacionando, sem provas, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao escândalo sexual em torno de Jeffrey Epstein.
Na quinta-feira (5), Musk havia dito que Trump estava nos arquivos do acusado de exploração sexual Jeffrey Epstein, e que esta seria a “verdadeira razão pela qual eles não foram tornados públicos”.
O tuíte não está mais na página do bilionário, que rompeu publicamente com Trump após a divulgação do orçamento elaborado pelo presidente para o próximo ano fiscal.
Apesar de ter apagado o post, Musk manteve o compartilhamento de um “meme” a respeito no qual ele é citado como usuário de cetamina e faz uma disputa de braços com um rival que seria Trump na lista de Epstein.
Entenda denúncias contra Jeffrey Epstein m1h2c
De acordo com o Estadão, o governo dos Estados Unidos relatou que o financista Jeffrey Epstein explorou sexualmente mais de 250 meninas menores de idade ao longo de três décadas.
Ele foi encontrado enforcado em sua cela em agosto de 2019, um mês após sua prisão por acusações federais de tráfico sexual, aos 66 anos, no que foi considerado suicídio.
Epstein, que abandonou a faculdade e se autoproclamava um gênio das finanças, acumulou uma fortuna no valor de US$ 600 milhões durante esse período e fez amizade com algumas das pessoas mais poderosas e famosas do mundo.
Amizade com famosos 63p4w
O envolvimento de Epstein com famosos trouxe muita notoriedade à sua prisão. Nomes como o próprio Donald Trump, o ex-presidente dos EUA Bill Clinton, o príncipe Andrew do Reino Unido e celebridades como Kevin Spacey e Naomi Campbell já haviam aparecido como “amigos” de Epstein em algum momento.

Muitos dos nomes associados a Epstein vieram à tona pela primeira vez em 2015, quando o site noticioso americano Gawker publicou seu chamado “livro negro de nomes, números e endereços”, lista que incluía o magnata do varejo Leslie Wexner, o magnata do capital privado Leon Black, o cofundador da Microsoft Bill Gates e o capitalista de risco Reid Hoffman. Todos esses homens disseram que se arrependeram de sua associação com Epstein.
Elon Musk também já havia sido associado ao criminoso sexual condenado, quando foi fotografado em uma festa em 2014 com Ghislaine Maxwell, imagem que circulou amplamente online. Em 2018, Epstein disse a um repórter do The New York Times que estava aconselhando Musk, embora ele tenha negado isso na época.