A atleta Luisa Giampaoli, de 29 anos, que estava internada em estado grave com leptospirose, morreu nesta sexta-feira (26), no Hospital Universitário São Francisco de Paula. A informação foi confirmada pelo marido de Luisa, Eduardo Schmit, pelas redes sociais.

Atleta do Rio Grande do Sul morreu após ser internada com leptospirose 366ja
Schmit afirma que o hospital onde a atleta estava internada foi “negligente”.
“Vou falar para o Brasil todo o que fizeram com a minha mulher. Eu estou indignado com isso. Ela acabou de falecer. Eu quero justiça, negligenciaram ela, não fizeram o que tinham que ter feito”, lamenta o marido de Luisa.
Em nota ao ND Mais, o Hospital Universitário São Francisco de Paula não informou a causa da morte da atleta e disse que o “prontuário médico é um documento sigiloso” (leia a íntegra no fim do texto).

Os sintomas de Luisa surgiram no fim de junho, com dor de cabeça, febre e tontura. Inicialmente o caso dela foi tratado como dengue, mas veio posteriormente o diagnóstico de leptospirose.
O que é leptospirose 28n38
Segundo o MS (Ministério da Saúde), a leptospirose é uma doença infecciosa febril aguda, transmitida a partir da exposição direta ou indireta à urina de animais (principalmente ratos) infectados pela bactéria Leptospira.
A infecção ocorre pela penetração da bactéria na pele com lesões, pele íntegra imersa por longos períodos em água contaminada – como nas enchentes no Rio Grande do Sul – ou pelo contato com as mucosas.
As pessoas infectadas podem apresentar os primeiros sintomas de sete a 14 dias após a exposição à bactéria.

Em abril, o Rio Grande do Sul enfrentou fortes chuvas que causaram enchentes em 471 cidades, matando mais de 170 pessoas. Somente em maio o nível das águas baixou, mas muitas pessoas foram contaminadas pela bactéria causadora da leptospirose.
Sintomas da doença: 6619h
- Febre;
- Falta de apetite;
- Dor muscular (especialmente nas panturrilhas);
- Dor de cabeça;
- Náuseas;
- Vômitos.
Em alguns casos, os pacientes também podem apresentar: diarreia, dor nas articulações, vermelhidão ou hemorragia conjuntival, fotofobia (sensibilidade à luz), dor ocular, tosse; mais raramente podem manifestar exantema, aumento do fígado e/ou baço, aumento de linfonodos e sufusão conjuntival.
O tratamento para a doença é feito com istração de antibióticos, de preferência logo quando surgirem os primeiros sintomas, para diminuir os riscos de morte do paciente.
Veja o que diz o hospital: 4i405
“O Hospital Universitário São Francisco de Paula (HUSFP) confirma a morte da paciente Luisa Giampaoli, que estava internada na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) desde o dia 20/07.
Em relação a causa do óbito, o prontuário médico é um documento sigiloso, do paciente, nos termos dos arts. 2º e 3º, da Lei Federal nº 8.069/90 e art. 89 da Resolução nº 1.638/02 do Conselho Federal de Medicina, cujo conteúdo deve ser discutido privativamente entre a equipe médica e a família.
Demais, a família é possuidora do atestado de óbito com a causa do falecimento.Externamos nossas condolências à família da paciente Luisa Giampaoli”, diz o hospital em nota.
Sobre a atleta 715x15
Luisa Giampaoli era natural de Pelotas, no Rio Grande do Sul, tinha 29 anos e era casada há 16 com o hair stylist Eduardo Schmit. Giampaoli deixa um filho de 5 anos, Isaac, fruto da relação com Schmit.
A corredora fez parte da seleção brasileira de atletismo, disputando o Campeonato Ibero-Americano, que ocorreu em maio, no Mato Grosso.

Ela também participou da última edição da Corrida Internacional de São Silvestre e ficou no top 10 entre as brasileiras na competição. No ano ado, Giampaoli foi campeã e bateu o recorde da Meia Maratona Internacional de Florianópolis.