Florianópolis apresenta um aumento no número de surtos pela SMPB (Síndrome Mão-Pé-Boca), que afeta crianças e provoca febre e bolhas em partes do corpo. Dados da Secretaria Municipal de Saúde apontam alta de 190,9% na quantidade de surtos registrados na capital, de setembro a outubro deste ano. O município diz que reforçou ações preventivas.
Síndrome mão-pé-boca atinge creches de Florianópolis – Foto: Divulgação/Prefeitura de Jaciara/NDSíndrome mão-pé-boca tem alta de surtos em Florianópolis 6h174c
Segundo a Secretaria de Saúde de Florianópolis, a contagem da SMPB é feita pelo número de surtos, já que a doença não é um agravo de notificação obrigatória. Neste ano, a capital teve 48 surtos pela síndrome, até outubro.
- Surto: aumento localizado no número de casos de uma doença – como acontece em crianças de uma só creche, por exemplo.
Em setembro, foram contabilizados 11 surtos, já em outubro, 32. Veja os números:
- Junho: 2 surtos
- Agosto: 3 surtos
- Setembro: 11 surtos
- Outubro: 32 surtos
Em nota ao ND Mais, a secretaria afirma que reforçou as medidas de prevenção contra a síndrome “nos núcleos de educação infantil” da capital.
“Nos últimos meses, a atuação em colaboração entre as secretarias de Saúde e de Educação foi reforçada para maior identificação dos casos e diminuição da subnotificação de surtos, possibilitando atuação mais efetiva no manejo e reforço das medidas de prevenção para o impedimento de novos casos”, diz a nota.
Entenda a doença 2p1n31
A Síndrome mão-pé-boca é uma infecção altamente transmissível provocada por diversos enterovírus – em geral, o Coxsackie. A síndrome é comum em crianças menores de 5 anos.
A transmissão acontece pelo contato direto com fezes ou secreções de pessoas infectadas, pelo compartilhamento de objetos ou itens de uso pessoal, consumo de alimentos contaminados ou no contato direto com as lesões.
Após a recuperação, o paciente ainda pode transmitir a doença pelas fezes por cerca de até quatro semanas depois do desaparecimento dos sintomas.
Sinais e sintomas 5u185m
Segundo a Dive-SC (Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina), os primeiros sintomas podem se manifestar de três a sete dias após a contaminação pelo vírus. Os principais sinais e sintomas são:
- Febre a partir de 38ºC;
- Falta de apetite;
- Dor de garganta;
- Dor de cabeça;
- Úlceras (aftas) na parte interna das bochechas, língua e gengivas;
- Bolhas acinzentadas (com base avermelhada) na palma das mãos, dedos e sola dos pés.
Em geral, a doença mão-pé-boca é diagnosticada por exame clínico e não necessita de exames complementares. Além disso, por melhorar de forma espontânea, o tratamento ocorre apenas para alívio dos sintomas, como a febre.
A indicação é de que os pacientes diagnosticados com a doença aumentem a ingestão de líquidos, mantenham uma alimentação leve e permaneçam de repouso, até a melhora.
Como prevenir 475w2u
Entre as medidas de prevenção da doença, a recomendação é reforçar as medidas de higiene e limpeza dos ambientes, especialmente de espaços com concentração de crianças, como escolas e creches.
- Lave as mãos com frequência e utilizando sabão (principalmente após trocar fraldas e usar o banheiro, já que o vírus pode ser transmitido pelas fezes por cerca de quatro semanas);
- Higienize superfícies e objetos, como brinquedos, usando água, sabão ou solução a base de cloro (com proporção de uma colher de sopa a cada quatro copos de água);
- Evite contato com pessoas que estejam com a doença, incluindo beijos, abraços e compartilhamento de talheres, copos e mamadeiras;
- Reduza a exposição de crianças doentes ou com suspeita da doença, até o desaparecimento dos sintomas;
- Mantenha a circulação de ar nos ambientes, com janelas e portas abertas;
- Descarte fraldas e lenços de limpeza em lixeiras com tampa;
