A moradora Noemia Kuhnen, de 70 anos, foi atropelada por um patinete elétrico em Florianópolis, no dia 25 de agosto. O acidente aconteceu na rua Bocaiúva, no Centro da cidade, enquanto ela atravessava na faixa de pedestres.

Noemia conversou com o ND+ e contou que estava caminhando no local quando parou em uma faixa de segurança para cruzar a rua. “Observei o fluxo dos carros e, quando deu para atravessar, fui surpreendida por um patinete vindo no sentido contrário, que bateu na minha perna”, relata.
Ela complementa dizendo que a pancada a “jogou longe” e a dor foi como se tivesse quebrado o osso: “Machucou muito. A dor foi tanta de quase desmaiar e até hoje sinto dores e dormência no local. É um absurdo esses patinetes andando no centro da cidade como andam.”
Usuários não respeitam as regras do patinete n712h
Outra moradora da cidade, que não quis se identificar, disse que é comum encontrar os veículos “largados”. Ela narrou que enquanto caminhava próximo a praça Nossa Senhora de Fátima, na região do Estreito, avistou um grupo de patinetes em cima do piso tátil da calçada.
“As pessoas não respeitam os locais, cansei de ver patinetes ‘jogados’ longe da área própria para estacionar”, comenta.

Além disso, a moradora também se queixou da quantidade de pessoas que andam em dupla no veículo: “É proibido, será que eles não sabem ou fazem de propósito?”.
Empresa se manifesta 675a21
Questionado, o CEO da Whoosh no Brasil, Francisco Forbes, alega que de maneira geral a empresa tem sido reportada a respeito de alguns casos de mal uso na cidade.
“É uma minoria dos casos, tendo em vista que realizamos milhares de corridas todos os dias sem ocorrências”, diz. Em relação à desorganização, Forbes sinaliza que são somente quatro carros, 24h por dia.
“Atuamos bastante para evitar aglomerações em locais indevidos. Realizamos algumas ações educativas como blitz com a GCM [Guarda Civil Metropolitana], escola de pilotagem, artigos e postagens orientando a utilização correta. Além disso, está descrito no app todas as orientações e regras”, esclarece.

O CEO lamenta a crítica, mas adianta que será divulgada uma grande campanha de segurança preventiva, antes da alta temporada.
“Infelizmente não são todos que acatam [as regras], e temos feito o trabalho de orientar e até banir da plataforma alguns usuários que conseguimos confirmar o mau uso. Para nós nada disso é bom, mas infelizmente os outros modais também apresentam essa característica: carros, motos, bikes a até ônibus, infelizmente sofrem com essa questão [acidentes]”, complementa.
Em relação ao caso de Noêmia, o CEO se mostrou disposto a ajudar e investigar o usuário. “Temos seguro para usuários e terceiros, caso ela tenha se machucado. Ela pode entrar em contato conosco, temos o maior interesse em ajudar”. O contato pode ser feito através do e-mail ou chat da Whoosh, segundo Forbes.