Trinta e quatro integrantes do PGC ( Primeiro Grupo Catarinense) que faziam conferência gravada em uma chácara do interior de Camboriú para deliberar questões pertinentes da facção foram condenados a 287 anos de reclusão. A defesa dos presos recorreu da decisão de primeiro grau para o Tribunal de Justiça, mas a 2ª Câmara Criminal confirmou a sentença na manhã desta terça-feira (7). As reuniões gravadas aconteceram em novembro de 2014.
O teor das gravações deveria chegar a Penitenciária de São Pedro de Alcântara, mas foram interceptadas pela Polícia Civil, que começou as investigações. Na gravação, um a um, todos se identificam e discutem abertamente as estratégias do grupo. O material teve papel preponderante no desenrolar do processo, assim como nas condenações proferidas pela juíza Naiara Brancher, titular da Vara Criminal da comarca de Camboriú.
Inicialmente foram denunciados 37 acusados. Porém, a 2ª Câmara Criminal confirmou a condenação de 34. Um já havia sido inocentado na sentença e outro acabou absolvido pelo Tribunal de Justiça. Um terceiro, foragido desde a época dos fatos, está com o processo suspenso temporariamente. A ação inicial foi separada em outros sete processos por causa do alto número de réus.
O relator, desembargador Sérgio Rizelo, fez questão de elogiar o esforço e a dedicação da juíza Naiara Brancher, titular da Vara Criminal da comarca de Camboriú, dos promotores, procuradores e policiais. “Estamos lidando com uma organização paralela ao Estado de Direito, que precisa ser combatida de forma efetiva em prol da sociedade”.